Acervo Musical Afonso Prates da Silva

Acervo Musical Afonso Prates da Silva

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

                           ÊXODO  DO  LAGUNENSE

         
Conhecemos o êxodo do nordestino; a falta de chuva, a escassez da água, foram fatores predominantes, entretanto quero narrar neste texto outro tipo de êxodo que aconteceu no passado e que fez um grande número de lagunense sair de sua terra natal. Não foi a seca nem a falta da água, foi simplesmente falta de cultura, ou melhor: a cidade que ficou conhecida nacionalmente pelos seus estudos, primário, ginasial e secundário, não tinha como dar sequência na formação de seus filhos ocasionando  o êxodo cultural. Neste período inicia-se um centro de ensino na cidade vizinha de Tubarão, vindo assim a nascer a Unisul, hoje com uma área de abrangência enorme em todo o estado. Havia a possibilidade de termos naquela época uma extensão de algumas faculdades, mas como sempre os tradicionais se alvoroçaram e não aceitaram ficar submisso a Tubarão, como se Laguna tivesse alternativa, tanto é fato que até hoje não temos faculdades por iniciativa própria.
E assim o lagunense aos poucos começou sua  trajetória mudando-se para as cidades mais próximas que lhes desse um futuro melhor a seus filhos. Florianópolis acolheu o lagunense de braços abertos, e a recíproca foi igual, talvez o cheiro do mar, a pesca da tarrafa, o camarão e o peixe no mercado tenha sido a razão; associo este fato com a vinda do açoriano, para  Santa Catarina, conservando até hoje a língua e suas tradições, talvez o exemplo  que melhor se coaduna.
Fui um dos retirantes de minha cidade natal, entretanto nunca a esqueci, mantenho na lembrança toda a passagem de minha infância e Juventude como um espelho fiel as minhas origens. Recentemente estive em Laguna e fui olhar a casa em que nasci. Na lembrança da imagem, escrevi:

Volta  ao  Passado

Na cronologia da vida                                                                                                    
o tempo não volta.
Rever minha terra
de minha puerícia alegre
reminiscências afloram.

Casa antiga, lembranças.
Tudo parecia mudado,
jardim abandonado.
Uma pequena árvore pugnava para viver,
folhas rolavam ao vento, caidas ao chão.
Brotava uma imensurável saudade,
lagrimas vieram,
palpita o frágil coração.

Retorna o tempo,
no infinito dos sonhos,
manhã linda e majestosa,
como um presente dos deuses,
destaca o odor exalado das flores e folhas
Misturado à maresia,
formando um agradável aroma,
inebriante como a fragrância da vida.
Aqui eu nasci.


terça-feira, 23 de agosto de 2011

                  Frédéric Chopin



Foi considerado um dos maiores compositores do século XIX, nasceu na Polônia em 1º de março de 1810. Começou a estudar piano tendo sua mãe como professora e mais tarde Adalbert Zywny, um autodidata considerado um gênio por sua técnica. Em fevereiro de 1818 com apenas oito anos faz sua primeira apresentação ao piano.
Continua seus estudos de composição em 1826 com o professor Jozéf Elsner no Conservatório de Varsóvia.
Em 1831 já em Paris passa a ser uma grande atração musical. Em 1836, conhece a famosa escritora, baronesa Dudevant, mais conhecida por seu pseudônimo, George Sand, que influiu notavelmente em suas obras, tendo mais tarde tornado sua amante.
Em 1838 Chopin e George Sand mudam-se para Mallorca, procurando um melhor clima para sua enfermidade recem adquirida, a tuberculose; tempos depois, já com grandes melhoras, regressam `a Paris, onde rompem suas relações com Sand, o que veio a piorar sua saúde rapidamente. Chopin abandona Paris indo para a Inglaterra ali portanto em 16 de novembro de 1848 faz sua última apresentação. Com sua saúde cada vez mais debilitada, aos 17 dias de outubro de 1849  Chopin morre em Paris.
O compositor polaco Frederic Chopin não morreu de tuberculose, como até hoje se acreditou, mas devido a uma fibrose quística, segundo um estudo agora tornado público na Polônia.                                                                                                                                    
Foram várias centenas  de composições em formas de balada, estudo, fantasia, improviso, mazurca, noturno, polonesa, prelúdio, rondo, scherzo, sonata, valsa etc.
Finalizando este artigo, onde apreciamos fragmentos da biografia de Frederic Chopin, apresento-lhes uma música de Chopin, noturno op.9 n.2,que na época, foi o incentivo da minha permanência no estudo de piano. Vocês verão o vídeo com as cenas finais do Filme Melodia Imortal, onde narra a historia do pianista Eddy Duchin e seu filho,quando já condenado a morte pela leucemia.
Procure o filme ou baixe em seu computador, você vai vibrar de emoção.




quinta-feira, 18 de agosto de 2011



FRANZ   LISZT



O nascimento de  Franz Liszt é blindado com um fenômeno da natureza, a passagem de um cometa. Nasce na Hungria em  22 de outubro de 1811 no vilarejo de Raiding ,
batizado em latim com o nome "Franciscus", "François" em francês, mas seus amigos mais próximos sempre o chamaram de "Franz", a versão alemã de seu nome. Liszt cresceu em Raiding, parte de Burgenland, a língua tradicional daquela região era o  alemão, e apenas uma minoria sabia falar húngaro. A nacionalidade de Liszt foi causa de muita intriga e discussão. De acordo com pesquisas, seu bisavô, Sebastian List (o pai de Liszt acrescentou a letra "z" ao sobrenome da família, e esta versão foi adotada pelo avô de Liszt), era um alemão que resolveu morar na Hungria no século XVIII. Como a nacionalidade de uma pessoa nascida na Hungria na época era herdada, seu avô e seu pai, Georg List e Adam List também seriam alemães. Seguindo este raciocínio, Liszt também deveria ser considerado alemão. A mãe de Liszt era austríaca, e a cidade de Liszt hoje pertence à Áustria. Hoje, ele é considerado alemão por algumas pessoas, mas quando perguntado sobre sua nacionalidade, Liszt sempre respondia com orgulho que era húngaro. Entretanto Liszt não sabia falar húngaro. Seu pai Adam Liszt tinha um sonho de se tornar músico. O próprio Liszt, quando adulto e artisticamente maduro, dizia muitas vezes que as experiências musicais mais importantes da sua infância foram as performances de artistas ciganos. Porém, o repertório que ele teve de estudar no Piano era bem diferente da música dos ciganos. Durante os 22 meses que se seguiram, Liszt já havia estudado as obras mais tecnicamente complexas de Johann Sebastian Bach, Wolfgang Amadeus Mozart, Beethoven, Hummel, Muzio Clementi, Johann Baptist Cramer, dentre outros. Em novembro de 1820, Adam Liszt teve uma oportunidade ainda maior de mostrar ao público o dom de seu filho.A partir de 1823, Liszt começou a ganhar fama com suas interpretações. Apresentava-se para reis e membros da corte e fez amizade com músicos como Chopin e Berlioz. Pensou em se tornar padre, mas acabou se apaixonando por uma mulher e durante muitos anos de sua vida essa dúvida permaneceu assolando-o. Enquanto isso o jovem galante era influenciado por mestres como Chopin e Paganini e se tornava um dos compositores mais promissores de sua época. No ano de 1834 Liszt acabou se envolvendo com a condessa Marie d’Agoult e os dois passaram a viver juntos em Genebra. O casal se separou em 1944 e desde então o compositor teve muitos casos o que lhe rendeu a fama de mulherengo. Três anos depois ele foi convencido a se fixar em Weimar onde seria maestro e compositor. Lá ele permaneceu até que seu caso com a princesa Carolyne Sayn-Wittgenstein de Kiev, que era casada, fez com que se demitisse do posto e saísse de Weimar. Franz Liszt morreu na casa de Wagner, em Bayreuth, dia 31 de julho de 1886. Deixou um acervo de mais de 400 obras e hoje é considerado o maior pianista do século 19.Estão entre suas principais obras: Sonata em Si Menor; Sinfonia Fausto; Sinfonia Dante; Concerto para Piano n.º 1e Concerto para Piano n.º 2.
Talvez hoje o mundo conheça Franz Liszt por uma de sua composição que considero das melhores,  “Sonho de Amor”. A  baronesa Dudevant, mais conhecida por seu pseudônimo, George Sand certa vez diz a Chopin: Continue compondo, suas musicas são as melhores, entretanto deixe a execução para Liszt, porque ele é  melhor.






terça-feira, 16 de agosto de 2011

Sonata ao Luar

Ludwig van Beethoven, 1770-1827
Inicio este blog homenageando um dos maiores compositores do Mundo.

Ludwig Van Beethoven

Nasceu em Boon Alemanha em 1770, vindo a falecer em 1827 em Viena Áustria
 
Túmulo de Ludwig Beethoven
Com a morte de seu protetor um príncipe Alemão, que ele considerava como um pai,
Beethoven entra numa profunda amargura, quase entrando em depressão.
Agredido fisicamente pelo pai, que era um alcoólatra, sofria de carência afetiva, perde sua mãe muito jovem, sua família formada por um irmão, nunca lhe ajudou, seu pai morre na rua, em profundo coma alcoólico.
Se isto não bastasse, iniciava-se uma doença gradativa que levou até sua morte, a surdez.
Beethoven, notando a falta de comunicação, isola-se, caindo em profunda depressão, ameaçando inclusive o suicídio.
Mudando-se para uma pensão pobre, quis o destino que ele viesse a conhecer uma moça cega, que num desabafo clamoroso diz: “Daria tudo para enxergar uma noite de luar.”
O lamento da jovem emociona Beethoven. Ocasionado pela vontade de viver, compõem
uma das suas mais famosas composições “Sonata ao Luar”.
Olhando para o céu durante a noite, lembra da jovem cega, e recorda a morte de seu protetor e amigo, mergulha num momento de profunda meditação.
Estudiosos da vida de Beethoven, afirmam que sua composição no 1º movimento repete as três notas insistentemente, são letras que forma a palavra “Why” (porque)