Acervo Musical Afonso Prates da Silva

Acervo Musical Afonso Prates da Silva

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

SER IDOSO OU SER VELHO

 Hoje acordei acabrunhado, tu sabes, muitas vezes te acontece também, percebemos mais tarde, vamos chamar de melancolia. Parece que nada vai dar certo, o tempo conspira contra, sente-se um aperto no peito, enfim, será o peso da idade? Mas, a idade não pode ser tão ruim, e sim,uma dádiva de Deus, que nos permite viver mais um pouco.
Abri o computador para passar as horas e divertir-me um pouco com a finalidade de aliviar o marasmo.
Um E-mail chamou-me a atenção era do  meu vizinho e amigo Rudy Fonseca que enviava um texto falando do Idoso e do Velho que me fez refletir; ao seu término, eu era outra pessoa.
Ser idoso ou ser velho; adorei o texto de J.R. Nascimento, maravilhoso que reproduzo nesta postagem como um presente a todos aqueles que ainda não sabem diferençar Idoso de Velho.  


 “ Você se considera uma pessoa Idosa ,ou Velha?
E você que é jovem, como deseja chegar lá? Acha que é a mesma coisa? Pois então ouça o depoimento de um idoso de oitenta anos:
Idosa é uma pessoa que tem muita idade.
Velha é a pessoa que perdeu a jovialidade.
Você é idoso quando sonha.
É velho quando apenas dorme.
Você é idoso quando ainda aprende. É velho quando já nem ensina. Você é idoso quando pratica esportes, ou de alguma outra forma se exercita.
É velho quando apenas descansa. Você é idoso quando seu calendário tem manhãs. É velho quando seu calendário só tem ontens.  O idoso é aquela pessoa que tem tido a felicidade de viver uma longa vida produtiva, de ter adquirido uma grande experiência. Ele é uma ponte entre o passado e o presente, como o jovem é uma ponte entre o presente e o futuro.
 E é no presente que os dois se encontram. Velho é aquele que tem carregado o peso dos anos, que em vez de transmitir experiência às gerações vindouras, transmite pessimismo e desilusão. Para ele, não existe ponte entre o passado e o presente, existe um fosso que o separa do presente pelo apego ao passado.
O idoso se renova a cada dia que começa; O velho se acaba a cada noite que termina.  O idoso tem seus olhos postos no horizonte de onde o sol desponta e a esperança se ilumina.
O velho tem sua miopia voltada para os tempos que passaram. O idoso tem planos. O velho tem saudades. O idoso curte o que resta da vida. O velho sofre o que o aproxima da morte. O idoso se moderniza, dialoga com a juventude, procura compreender os novos tempos. O velho se emperra no seu tempo, se fecha em sua ostra e recusa a modernidade. O idoso leva uma vida ativa, plena de projetos e de esperança. Para ele o tempo passa rápido, mas a velhice nunca chega.
O velho cochila no vazio de sua vida e suas horas se arrastam destituídas de sentido.
As rugas do idoso são bonitas porque foram marcadas pelo sorriso.
As rugas do velho são feias porque foram vincadas pela amargura.
Em resumo, idoso e velho, são duas pessoas que até podem ter a mesma idade no cartório, mas têm idade bem diferente no coração.
Se você é idoso, guarde a esperança de nunca ficar velho.
       
Este vídeo  é um presente para os fãs de um artista que está fazendo falta. Juca Chaves

          " VELHO É SE DROGAR DE JUVENTUDE"
                         Juca Chaves 

                                                                                 

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

ANO DO CORRUPTO



NOVO CALENDÁRIO BRASILEIRO

Acabaram as festas momescas, iniciamos um novo ano, sim, o Brasil começa a trabalhar a partir da quarta-feira, criando um novo calendário, tendo por parâmetro o término do carnaval. Vamos aderir ao modelo do calendário chinês, têm nos signos com animais suas incógnitas. Este ano, por exemplo, é o ano do dragão. (Os orientais consideram que este é um ano auspicioso, bom  para casar, ter filhos ou começar um negócio novo, porque o dragão benevolente traz a  boa fortuna e a felicidade.)                                                                                             Se a China está com um desenvolvimento acima dos demais países, se compramos tanto dela, porque não imitá-la em seu modelo de calendário?       Sugiro para o Brasil este ano o ciclo   do “  Corrupto”.
Porque Corrupto? Por que acredito pela sua característica é o animal  que mais se coaduna e serve de exemplo para a atual conjuntura .  Vejamos o corrupto:
Corrupto (Callichirus major, Stimpson, 1866) é um crustáceo decápode cavador, que pertence à família Callianassidae, apresenta indivíduos maiores atingindo aproximadamente 20 centímetros de comprimento, tendo o abdome com coloração amarelada; cor da nossa seleção. Possuem garras em forma de pinças sendo uma delas bem maior que a outra. Deve-se tomar cuidado com os espécimes de “ maior tamanho”, já que suas garras podem causar grandes prejuízos. São apelidados de Corruptos, pois são “muitos”, não "aparecem" e são “difíceis de capturar”.
Que nos diz o ano do corrupto:
"Devemos olhar com cuidado para os quatros ventos, atirar ao ar as nossas luvas da sorte a fim de podermos realizar os nossos grandiosos, colossais, ambiciosos e audazes projetos políticos."
 “O Ano do Corrupto está aí, agora o resto é com você!”

Vamos refrescar a memória ouvindo este Melô.....

                                                                

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

A Revolução dos Bichos

Procuro nesta postagem associar uma fábula aos dias atuais. Quando jovem confesso, nossa geração não era política; a cidadania política era exercida pelos nossos pais, políticos partidários, porém honestos em suas convicções. Vi passar muitos presidentes pelo governo do nosso país, muitos Governadores e muitos prefeitos. Nas últimas eleições o PSDB, que pouco fez pelo povo, perde o governo do país para o PT. Sempre com a esperança de um país melhor, vamos substituindo os candidatos acreditando nas suas plataformas de governo,entretanto confesso que perdi as esperanças; é como malhar em ferro frio. E para compreendermos melhor o que quero dizer apresento fragmentos da crônica de Rodrigo Constantino, tendo como base o livro de George Orwell – A Revolução dos Bichos: Tirem suas conclusões!!!
                                                                                                                                                                              
“A fábula se passa na Granja do Solar, onde os animais eram explorados por seu dono. O velho porco Major fez um discurso sobre um sonho que conquistou todos os animais. O homem seria o grande inimigo, o único inimigo, e retirando-o de cena, a causa principal da fome e da sobrecarga de trabalho desapareceria para sempre. “Basta que nos livremos do Homem para que o produto de nosso trabalho seja só nosso”, disse o velho porco. Num piscar de olhos, todos seriam livres e ricos. Sansão, o forte cavalo, era o discípulo mais fiel. Não sabia pensar por conta própria, aceitando os porcos como instrutores, por sua reconhecida sabedoria. 
A figura de Sansão é o retrato perfeito do idiota útil, que bem intencionado, acaba servindo como massa de manobra dos oportunistas de plantão. [..]”
Os animais se revoltaram, e finalmente tomaram o poder da granja. Nada seria tocado na casa, que passaria a ser um museu da revolução. Nenhum animal deveria jamais morar lá. Foram criados sete mandamentos, entre eles: qualquer coisa que andar sobre duas pernas é inimigo; nenhum animal dormirá em cama; nenhum animal matará outro animal; e o mais importante, que todos os animais são iguais. Com o tempo, todos estes mandamentos foram sendo devidamente ignorados pelos novos donos do poder, que os alteravam sem cerimônia alguma. 
O leite das vacas, por exemplo, desaparecera. Com o tempo, o mistério foi esclarecido: era misturado à comida dos porcos. Mas o discurso era convincente: “Camaradas, não imaginais, suponho, que nós, os porcos, fazemos isso por espírito de egoísmo e privilégio”. Não, claro. Eles eram os intelectuais, e a organização da granja dependia deles. O bem-estar geral era o único objetivo dos porcos. “É por vossa causa que bebemos aquele leite e comemos aquelas maçãs”. E como não poderia faltar no hipócrita discurso altruísta, usado para dominar os inocentes, há que existir um bode expiatório, um inimigo externo, ainda que fictício, que justifique os abusos domésticos. Logo, se os porcos falhassem nessa nobre missão, o antigo senhor voltaria ao poder, o terrível homem. E isso ninguém queria. Portanto, tudo que os sábios porcos diziam e faziam deveria ser verdade. Era pelo bem da granja! [...]”     “Napoleão, um porco esperto que criara em segredo uns cachorros amedrontadores[...]. Chegada a hora de assumir o poder absoluto.
As regras mudam, as votações acabam, e as decisões passam a ser tomadas por uma comissão de porcos, presidida por Napoleão. Isso tudo é passado aos animais como um grande sacrifício de Napoleão, tendo que carregar o fardo da responsabilidade, em prol do bem-geral. Era isso ou o retorno do homem malvado. Esse “argumento” era infalível. 
Dá-se início a um verdadeiro culto de personalidade;
 A miséria se abateu sobre a granja, mas os porcos comiam cada vez melhor. O cavalo Sansão trabalhava cada vez mais, convencido de que Napoleão estava sempre certo. Acabou doente de tanto cansaço, e foi levado para um abatedouro, sem piedade alguma por parte do “grande líder”. 
Os sete mandamentos davam lugar a apenas um agora: “Todos os bichos são iguais, mas alguns bichos são mais iguais que outros”. Os porcos ligados a Napoleão passaram a negociar com os homens de outras granjas vizinhas, algo totalmente condenado na revolução. Passaram a beber álcool, também condenado, e aprenderam a andar em duas patas. No fim, era completamente indistinguível quem era porco e quem era homem. [...]”

Ah! Não esqueçam,outubro teremos eleições novamente.


terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

ARCO DE CONSTANTINO

ROMA

  

Estudei no Ginásio Lagunense, no tempo do Capitão Donner, diretor da instituição, magnífico professor de Matemática e Desenho, mas confesso que era na aula de história do Professor Ruben Ulysséa que me realizava; o motivo era simples: não existiam os recursos atuais da informática, a história era criada na imaginação de cada aluno, isto proporcionado pela competência do professor nas suas narrativas. Sempre fui apaixonado pela história da Grécia e de Roma, e sempre dizia que um dia iria visitar alguns pontos elucidados nas  aulas.     
Arco de Constantino



 Mas mesmo assim fui caminhar na Via Apia, e visitar o Arco de Constantino, a entrada e passagem das tropas romanas quando retornavam à Roma.
Por que  o Arco de Constantino era tão importante? Bem conforme a história no lado norte do arco sobre cada um dos quatro pilares está representada uma vitória, enquanto a face oposta do pilar apresenta grupos de soldados romanos e de bárbaros vencidos. No grupo de bárbaros, o pathos pagão cedeu lugar á piedade cristã.
Assim sendo, quis o destino que eu viesse a conhecer os locais citados através de minha filha Valéria, Guido e meus netos, residentes em Roma e conferir se realmente era o que tinha  imaginado. O que era destacado por fotos e desenhos nos livros não foi novidade, entretanto “ Via Apia” e o “Arco de Constantino” foi uma surpresa total, não era nem perto do que tinha imaginado.          
                                                                                 


Via Appia Antiga
História
“A partir de Constantino I dá-se início à construção das primeiras grandes igrejas cristãs: as basílicas de São João de Latrão e de Santa Cruz de Jerusalém, e as basílicas cemiteriais nas tumbas dos mártires contíguas ao mausoléu da família imperial e, ainda durante os anos sucessivos, Santa Maria Maior e São Paulo Fora de Muros. Nos finais do século continuou-se todavia, a restaurar os edifícios públicos e templos pagãos.[..]
O poder temporal do Papado iria interferir, posteriormente, no território citadino e nas igrejas. Pelos primeiros 280 anos da história cristã, o Cristianismo foi banido pelo Império Romano, e os cristãos foram terrivelmente perseguidos. Isto mudou depois da “conversão” do Imperador Romano Constantino. Constantino “legalizou” o Cristianismo pelo Edito de Milão, em 313 d.C. Mais tarde, em 325 d.C., Constantino conclamou o Concílio de Nicéia, em uma tentativa de unificar o Cristianismo. Constantino imaginou o Cristianismo como uma religião que poderia unir o Império Romano, que naquela altura começava a se fragmentar e a se dividir.[...]”

Agora vou lembrar-me da cidade eterna ouvindo um hino reverenciado pelos  romanos,   vendo cenas desta maravilhosa cidade.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

 Notas Avulsas

LÍNGUA TUPI
(Vamos mante-la viva)
Os velhos tupis tinham uma forma poética de expressarem-se, mormente ante as belezas da natureza.[...]”                      (Luiz Caldas Tibiriçá)

TOPÔNIMOS-Letra  B
Biguaçu- Cid. De S. Catarina - de:Biguá assu (biguá grande)

Botucatu Cid. de S. Paulo - de: ybitu catu (vento aprazível)

Botuverá Cid. De S.Catarina - de ybyty verá (motanha brilhante) 

Barueri Loc.suburbana da Cid. De S. Paulo - de: mberui- r-y ( rio
               dos mosquitos)

Bagé Cid. Do Rio Grande do Sul - de: pagé (sacerdote, curandeiro)

                                                                                                  Conheça a origem do nome de sua cidade, caso ela seja de procedência tupi, através deste blog. Solicite pelo comentário


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012


C A R N A V A L  FESTA  POPULAR

Entramos no mês de fevereiro, tudo gira em torno do carnaval; mas, quantas saudades dos carnavais de outras épocas.
Era aguardado durante o ano todo com muita ansiedade; íamos às livrarias comprar os livretos com as letras das marchas e sambas compostas exclusivamente para o carnaval. Hoje o Rio de Janeiro, Florianópolis e algumas poucas  cidades   mantém a tradição dos blocos de sujos que vão às ruas brincar com suas famílias, acompanhadas por bandinhas carnavalescas.
A decadência do carnaval de rua, na minha concepção, começa com a ascensão da música baiana (trios elétricos), que respeito e admiro, entretanto não é apropriada para o carnaval, em todos os eventos, durante o ano a música baiana e seu ritmo são idênticos, apenas criam novas composições. Já não podemos dizer o mesmo da música Pernambucana, onde o forró e o baião predominam durante o ano e no carnaval são tocadas as marchinhas, marcha-rancho e o tradicional frevo.  Hoje a geração atual, não tem o privilégio de cantar marchas ou sambas feitos exclusivamente para o carnaval, quando as cantam, suas composições são ainda das décadas de 40 ou 50. Está na hora de revermos estes conceitos. Um carnaval sadio e divertido aumenta a longevidade.



História

Festa popular, o carnaval ocorre em regiões católicas, mas sua origem é obscura. No Brasil, o primeiro carnaval surgiu em 1641, promovido pelo governador Salvador Correia de Sá e Benevides em homenagem ao rei Dom João IV, restaurador do trono de Portugal. Hoje é uma das manifestações mais populares do país e festejadas em todo o território nacional.




Conceito e origem. O carnaval é um conjunto de festividades populares que ocorrem em diversos países e regiões católicas nos dias que antecedem o início da Quaresma, principalmente do domingo da Qüinquagésima à chamada terça-feira gorda. Embora centrado no disfarce, na música, na dança e em gestos, a folia apresenta características distintas nas cidades em que se popularizou.


A própria origem do carnaval é obscura. É possível que suas raízes se encontrem num festival religioso primitivo, pagão, que homenageava o início do Ano Novo e o ressurgimento da natureza, mas há quem diga que suas primeiras manifestações ocorreram na Roma dos césares, ligadas às famosas saturnálias, de caráter orgíaco. Contudo, o rei Momo é uma das formas de Dionísio — o deus Baco, patrono do vinho e do seu cultivo, e isto faz recuar a origem do carnaval para a Grécia arcaica, para os festejos que honravam a colheita. Sempre uma forma de comemorar, com muita alegria e desenvoltura, os atos de alimentar-se e beber, elementos indispensáveis à vida.
Agora Vamos relembrar umas marchinhas que foram sucessos no carnaval