Acervo Musical Afonso Prates da Silva

Acervo Musical Afonso Prates da Silva

sábado, 29 de setembro de 2012

1º de Outubro Dia do Idoso



Esta postagem dedico a meu filho primogênito que me presenteou com este texto reproduzido abaixo.  Não sei se o seu conteúdo lhe fez acreditar que se moldava a mim. Entretanto lendo vagarosamente cheguei à conclusão que é assim mesmo que vivo agora, e não me envergonho de nada que li no texto. “Mo Querido” já trilhaste dois terços de minha trajetória, nosso hodômetro continua ligado; quem sabe, quando percorreres três terços eu ainda posso estar observando o teu comportamento. Como tenho a felicidade de ter ainda vários amigos vivos, oriundos da minha geração vou seguir o teu conselho e enviar este texto urgentemente a eles. Sei que assim como eu vão gostar muito, fomos criados na mesma época e nossas predileções  são compatíveis. Que Deus conserve-nos sempre unidos e felizes, nunca desistindo de nossos sonhos. 

TÔ  IDOSO
“Eu nunca trocaria meus amigos surpreendentes, minha vida maravilhosa, minha amada família por menos cabelo branco ou uma barriga mais lisa. Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais amável para mim, e menos crítico de mim mesmo. Eu me tornei meu próprio amigo... Eu não me censuro por comer biscoito extra, ou por não fazer a minha cama, ou para a compra de algo bobo que eu não precisava, como uma escultura de cimento, mas que parece tão "avant garde" no meu pátio. Eu tenho direito de ser desarrumado, de ser extravagante.
Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento.
 
Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo ou jogar no computador até as quatro horas e dormir até meio-dia? Eu Dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos dos anos 60 &70, e se eu, ao mesmo tempo, desejo chorar por um amor perdido... Eu vou.
Vou andar na praia em um calção excessivamente largo sobre um corpo decadente, e mergulhar nas ondas com abandono, se eu quiser, apesar dos olhares penalizados dos outros no Jet set. Eles, também, vão envelhecer.

Eu sei que às vezes esqueço algumas coisas. Mas há mais algumas coisas na vida que devem ser esquecidas. Eu me recordo das coisas importantes.

Claro, ao longo dos anos meu coração foi quebrado. Como não quebrar seu coração quando você perde um ente querido, ou quando uma criança sofre, ou mesmo quando algum amado animal de estimação é atropelado por um carro? Mas corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão. Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril e nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito.
Eu sou tão abençoado por ter vivido o suficiente para ter meus cabelos grisalhos, e ter os risos da juventude gravados para sempre em sulcos profundos de meu rosto.
Muitos nunca riram, muitos morreram antes de seus cabelos virarem prata.

Conforme você envelhece, é mais fácil ser positivo. Você se preocupa menos com o que os outros pensam. Eu não me questiono mais.

Eu ganhei o direito de estar errado.
Assim, para responder sua pergunta, eu gosto de ser idoso. 
A idade me libertou. Eu gosto da pessoa que me tornei. Eu não vou viver para sempre, mas enquanto eu ainda estou aqui, eu não vou perder tempo lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupar com o que será. E eu vou comer sobremesa todos os dias (se me apetecer).
Que nossa amizade nunca se separe porque é direto do coração!”
  A você meu velho amigo recordar com Roberto Carlos      
                                                                                                                   
                                                             

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

ALEXANDRE E OS HERÓIS ATUAIS



Na galopante passagem do tempo, estamos a três meses do final de mais um ano; nossas vidas continuam em seus cursos normais. Nossas fontes de informações versam sobre política. O tema principal, o absurdo da corrupção, leis retrógadas favorecendo menores e bandidos, heróis surgindo a todo o momento. Em pauta o Ministro Joaquim Barbosa é a figura principal, não que ele não o mereça, pelo contrario, o que mais me chama a atenção e ninguém ainda entendeu ou não querem entender que ele está cumprindo sua missão com dever e dignidade.
Chego a uma conclusão; O descaso, a banalidade dos acontecimentos na criminalidade torna aquele que cumpre as missões pela qual é pago virar herói.
A hora que a humanidade mudar seus conceitos, entender que ser justo e honesto é uma obrigação natural do ser vivente, muitos heróis cairão por terra. Gostaria de voltar para o passado, porque somente aqueles que viveram um passado  tranqüilo e feliz poderão  entender minha colocação. Nos anos de 1960, lembro-me como se fosse hoje, no dia 31 de dezembro tocávamos o baile de Réveillon na cidade de Blumenau e quando após o término, ainda de madrugada, embarcávamos no ônibus para retornarmos a Laguna, vimos garrafas de leite vazias com uma cédula, embaixo para que o entregador deixasse o litro cheio e levasse o seu pagamento. Por isso continuo dizendo: Como gostaria de voltar ao passado.
E para entendermos que nesta vida não somos nada e que nada levamos apresento-lhes
os três pedidos de  Alexandre Magno antes de morrer:

“Quando, à beira da morte, Alexandre convocou os seus generais e relatou seus três últimos desejos: 
1 – Que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época; 
2 – Que fosse espalhado no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistados (prata, ouro, pedras preciosas…); e 
3 – Que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.
Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou; a Alexandre quais as razões. Alexandre explicou:
1 – Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles NÃO têm poder de cura perante a morte;
2 – Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;
3 – Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos…”
Fonte: Ocioso e Curioso 


quinta-feira, 13 de setembro de 2012

MARCHA NUPCIAL


Neste artigo vou apresentar algumas curiosidades ligadas às tradicionais festas núpcias.
Por se tratar de um blog no qual procuro elucidar com músicas meus artigos ou reproduções não poderia faltar à tradicional “Marcha Nupcial”. Duas composições são as mais executadas por todo o mundo, são elas:
“Suíte de Sonho de Uma Noite de Verão” sendo seu compositor Jakob Ludwig Felix Mendelssohn Bartholdy, compositor alemão, pianista e maestro do início do período romântico. E a marcha nupcial da ópera “As bodas de Lohengrin” de autoria de Richard Wagner, tornando-se tão popular que raramente um casamento não se realiza ao som desta música belíssima.
Algumas tradições e curiosidades referentes ao casamento:
Vestido de Noiva- A noiva veste-se de branco porque assim o faziam os romanos nos dias sagrados. Branco representa pureza, virgindade e inocência.
Buquê O buquê teria surgido na Grécia como amuleto contra mau-olhado, na sua confecção era utilizado alho.
Grinalda- A grinalda faz com que a noiva pareça uma rainha,  diferenciando-a dos convidados.
Véu- O véu da noiva significa separar-se da vida de solteira, para entrar em uma nova vida; a de esposa.
Arroz- Jogar arroz nos noivos é uma tradição Chinesa. Esta atitude simboliza a fartura para a vida do casal e fertilidade.
Noiva, lado esquerdo do Noivo- A noiva se posiciona no lado esquerdo do noivo. É uma tradição que remota a idade média. Na tentativa de roubar a noiva, o noivo a defenderia com a espada usando o braço direito para o combate.
Aliança- O anel nupcial data do paganismo. Os homens primitivos usavam uma correia estreita na cintura, com a qual amarravam a si e a noiva. Acreditavam que o espírito do noivo entrava no corpo da noiva. Os Egípcios relacionavam anel com eternidade, seu uso nas cerimônias significa união eterna.
Beijo Nupcial- Teve a sua origem na época feudal.  Significa uma homenagem que o noivo fazia à família da noiva.
Superstições do casamento:
Não use pérolas no casamento, dizem que elas trazem má-sorte para os noivos;

Nunca se casa numa terça-feira, nem num dia 13;

Mesmo que você e seu noivo já vivam juntos, passem a noite antes do casamento separados;

Não se case em janeiro, para não ter problemas econômicos ao longo da sua vida de casada.

Música de Jakob Ludwig Felix Mendelssohn Bartholdy.

                                                                          
A Marcha Nupcial da ópera “As bodas de Lohengrin”. A interpretação é do Coro Lírico Catarinense sob a regência de Maria Isilda Rosa; e ao piano Marcos Parucker.

                                          

domingo, 9 de setembro de 2012

DOM HELDER CÂMARA




Confesso que balancei ao ler o texto que publico abaixo, que me foi enviado pela minha colega e colaboradora deste blog Mara Verani. Por divulgar, não representa a minha anuência, deixo ao critério de vocês para um julgamento e avaliação.
Entretanto para termos uma verdadeira noção deste texto aconselho a lerem todos os questionamentos na íntegra.

Recentemente foi lançado no mercado cultural um livro mediúnico trazendo as reflexões de um padre depois da morte, atribuído, justamente, ao Espírito Dom Helder Camara, bispo católico, arcebispo emérito de Olinda e Recife, desencarnado no dia 28 de agosto de 1999, em Recife (PE).
O livro psicografado pelo médium Carlos Pereira, da Sociedade Espírita Ermance Dufaux, de Belo Horizonte, causou muita surpresa no meio espírita e grande polêmica entre os católicos.
O que causou mais espanto entre todos foi a participação de Marcelo Barros, monge beneditino e teólogo, que durante nove anos foi secretário de Dom Helder Câmara, para a relação ecumênica com as igrejas cristãs e as outras religiões.
Marcelo Barros secretariou Dom Helder Câmara no período de 1966 a 1975 e tem 30 livros publicados. Ao prefaciar o livro Novas Utopias , do espírito Dom Helder, reconhecendo a autenticidade do comunicante, pela originalidade de suas idéias e, também, pela linguagem, é como se a Igreja Católica viesse a público reconhecer o erro no qual incorreu muitas vezes, ao negar a veracidade do fenômeno da comunicação entre vivos e mortos, e desse ao livro de Carlos Pereira, toda a fé necessária como o Imprimátur do Vaticano.
É importante destacar, ainda, que os direitos autorais do livro foram divididos em partes iguais, na doação feita pelo médium, à Sociedade Espírita Ermance Dufaux e ao Instituto Dom Helder Câmara, de Recife, o que, aliás, foi aceito pela instituição católica, sem qualquer constrangimento.
No prefácio do livro aparece também o aval do filósofo e teólogo Inácio Strieder e a opinião favorável da historiadora e pesquisadora Jordana Gonçalves Leão, ambos ligados à Igreja Católica.
Conforme eles mesmos disseram, essa obra talvez não seja uma produção direcionada aos espíritas, que já convivem com o fenômeno da comunicação, desde a codificação do Espiritismo; mas, para uma grandiosa parcela da população dentro da militância católica, que é chamada a conhecer a verdade espiritual, porque "os tempos são chegados", estes ensinamentos pertencem à natureza e, conseqüentemente, a todos os filhos de Deus.
A verdade espiritual não é propriedade dos espíritas ou de outros que professam estes ensinamentos e, talvez, porque, tenha chegado o momento da Igreja Católica admitir, publicamente, a existência espiritual, a vida depois da morte e a comunicação entre os dois mundos.
Na entrevista com Dom Helder Câmara, realizada pelos editores, o Espírito comunicante respondeu as seguintes perguntas sobre a vida espiritual:
Dom Helder, mesmo na vida espiritual, o senhor se sente um padre?
Não poderia deixar de me sentir padre, porque minha alma, mesmo antes de voltar, já se sentia padre. Ao deixar a existência no corpo físico, continuo como padre porque penso e ajo como padre.
Minha convicção à Igreja Católica permanece a mesma, ampliada, é claro, com os ensinamentos que aqui recebo, mas continuo firme junto aos meus irmãos de Clero a contribuir, naquilo que me seja possível, para o bem da humanidade.
Do outro lado da vida o senhor tem alguma facilidade a mais para realizar seu trabalho e exprimir seu pensamento, ou ainda encontra muitas barreiras com o preconceito religioso?
Encontramos muitas barreiras. As pessoas que estão do lado de cá reproduzem o que existe na Terra. Os mesmos agrupamentos que se formam aqui se reproduzem na Terra. Nós temos as mesmas dificuldades de relacionamento, porque os pensamentos continuam firmados, cristalizados em crenças em determinados pontos que não levam a nada. Resistem a ideia de evolução dos conceitos. Mas, a grande diferença é que por estarmos com a vestimenta do espírito, tendo uma consciência mais ampliada das coisas podemos dirigir os nossos pensamentos de outra maneira e assim influenciar aqueles que estão na Terra e que vibram na mesma sintonia.
Como o senhor está auxiliando nossa sociedade na condição de desencarnado?
Do mesmo jeito. Nós temos as mesmas preocupações com aqueles que passam fome, que estão nos hospitais, que são injustiçados pelo sistema que subtrai liberdades, enriquece a poucos e colocam na pobreza e na miséria muitos; todos aqueles desvalidos pela sorte. Nós juntamos a todos que pensam semelhantemente a nós, em tarefas enobrecedoras, tentando colaborar para o melhoramento da humanidade.
Como é sua rotina de trabalho?
A minha rotina de trabalho é, mais ou menos, a mesma.. Levanto-me, porque aqui também se descansa um pouco, e vamos desenvolver atividades para as quais nos colocamos à disposição. Há grupos que trabalham e que são organizados para o meio católico, para aqueles que precisam de alguma colaboração. Dividimo-nos em grupos e me enquadro em algumas atividades que faço com muito prazer.
Qual foi a sua maior tristeza depois de desencarnado? E qual foi a sua maior alegria?
Eu já tinha a convicção de que estaria no seio do Senhor e que não deixaria de existir. Poder reencontrar os amigos, os parentes, aqueles aos quais devotamos o máximo de nosso apreço e consideração e continuar a trabalhar, é uma grande alegria. A alegria do trabalho para o Nosso Senhor Jesus Cristo.
O senhor, depois de desencarnado, tem estado com freqüência nos Centros Espíritas?
Não. Os lugares mais comuns que visito no plano físico são os hospitais; as casas de saúde; são lugares onde o sofrimento humano se faz presente. Naturalmente vou à igreja, a conventos, a seminários, reencontro com amigos, principalmente em sonhos, mas minha permanência mais freqüente não é na casa espírita.
O senhor já era reencarnacionista antes de morrer?
Nunca fui reencarnacionista, diga-se de passagem. Não tenho sobre este ponto um trabalho mais desenvolvido porque esse é um assunto delicado, tanto é que o pontuei bem pouco no livro. O que posso dizer é que Deus age conforme a sua sabedoria sobre as nossas vidas e que o nosso grande objetivo é buscarmos a felicidade mediante a prática do amor. Se for preciso voltar a ter novas experiências, isso será um processo natural.
Qual é o seu objetivo em escrever mediunicamente?
Mudar, ou pelo menos contribuir para mudar, a visão que as pessoas têm da vida, para que elas percebam que continuamos a existir e que essa nova visão possa mudar profundamente a nossa maneira de viver.
Qual foi a sensação com a experiência da escrita mediúnica?
Minha tentativa de adaptação a essa nova forma de escrever foi muito interessante, porque, de início, não sabia exatamente como me adaptar ao médium para poder escrever. É necessário que haja uma aproximação muito grande entre o pensamento que nós temos com o pensamento do médium. É esse o grande desafio de todos nós porque o médium precisa expressar aquilo que estamos intuindo a ele. No início foi difícil, mas aos poucos começamos a criar uma mesma forma de expressão e de pensamento, aí as coisas melhoraram. Outros (médiuns) pelos quais tento me comunicar enfrentam problemas semelhantes.
Foi uma surpresa saber que poderia se comunicar pela escrita mediúnica?
Não. Porque eu já sabia que muitas pessoas portadoras da mediunidade faziam isso. Eu apenas não me especializei, não procurei mais detalhes, deixei isso para depois, quando houvesse tempo e oportunidade.
Imaginamos que haja outros padres que também queiram escrever mediunicamente, relatarem suas impressões da vida espiritual. Por que Dom Helder é quem está escrevendo?
Porque eu pedi. Via-me com a necessidade de expressar aos meus irmãos da Terra que a vida continua e que não paramos simplesmente quando nos colocam dentro de um caixão e nos dizem "acabou-se". Eu já pensava que continuaria a existir, sabia que haveria algo depois da vida física. Falei isso muitas vezes. Então, senti a necessidade de me expressar por um médium quando estivesse em condições e me fossem dadas as possibilidades. É isto que eu estou fazendo.
Outros padres, então, querem escrever mediunicamente em nosso País?
Sim. E não poucos. São muitos aqueles que querem usar a pena mediúnica para poder expressar a sobrevivência após a vida física. Não o fazem por puro preconceito de serem ridicularizados, de não serem aceitos, e resguardam as suas sensibilidades espirituais para não serem colocados numa situação de desconforto. Muitos padres, cardeais até, sentem a proteção espiritual nas suas reflexões, nas suas prédicas, que acreditam ser o Espírito Santo, que na verdade são os irmãos que têm com eles algum tipo de apreço e colaboram nas suas atividades.
Como o senhor se sentiu em interação com o médium Carlos Pereira?
Muito à vontade, pois havia afinidade, e porque ele se colocou à disposição para o trabalho. No princípio foi difícil juntar-me a ele por conta de seus interesses e de seu trabalho. Quando acertamos a forma de atuar, foi muito fácil, até porque, num outro momento, ele começou a pesquisar sobre a minha última vida física. Então ficou mais fácil transmitir-lhe as informações que fizeram o livro.
O senhor acredita que a Igreja Católica irá aceitar suas palavras pela mediunidade?
Não tenho esta pretensão. Sabemos que tudo vai evoluir e que um dia, inevitavelmente, todos aceitarão a imortalidade com naturalidade, mas é demais imaginar que um livro possa revolucionar o pensamento da nossa Igreja. Acho que teremos críticas, veementes até, mas outros mais sensíveis admitirão as comunicações. Este é o nosso propósito.
É verdade que o senhor já tinha alguns pensamentos espíritas quando na vida física?
Eu não diria espírita; diria espiritualista, pois a nossa Igreja, por si só, já prega a sobrevivência após a morte. Logo, fazermos contato com o plano físico depois da morte seria uma conseqüência natural. Pensamentos espíritas não eram, porque não sou espírita. Sem nenhum tipo de constrangimento em ter negado alguns pensamentos espíritas, digo que cheguei a ter, de vez em quando, experiências íntimas espirituais.
Igreja - Há as mesmas hierarquias no mundo espiritual?
Não exatamente, mas nós reconhecemos os nossos irmãos que tiveram responsabilidades maiores e que notoriamente tem um grau evolutivo moral muito grande. Seres do lado de cá se reconhecem rapidamente pela sua hombridade, pela sua lucidez, pela sua moralidade. Não quero dizer que na Terra isto não ocorra, mas do lado de cá da vida isto é tudo mais transparente; nós captamos a realidade com mais intensidade. Autoridade aqui não se faz somente com um cargo transitório que se teve na vida terrena, mas, sobretudo, pelo avanço moral.
Qual seu pensamento sobre o papado na atualidade?(LER ATÉ O FIM..PERGUNTAS E RESPOSTAS DE HELDER CAMARA)
Muito controverso esse assunto. Estar na cadeira de Pedro, representando o pensamento maior de Nosso Senhor Jesus Cristo, é uma responsabilidade enorme para qualquer ser humano. Então fica muito fácil, para nós que estamos de fora, atribuirmos para quem está ali sentado, algum tipo de consideração. Não é fácil. Quem está ali tem inúmeras responsabilidades, não apenas materiais, mas descobri que as espirituais ainda em maior grau.
Eu posso ter uma visão ideológica de como poderia ser a organização da Igreja; defendi isso durante minha vida. Mas tenho que admitir, embora acredite nesta visão ideal da Santa Igreja, que as transformações pelas quais devemos passar merecem cuidado, porque não podemos dar sobressaltos na evolução. Queira Deus que o atual Papa Ratzinger (Bento XVI) possa ter a lucidez necessária para poder conduzir a Igreja ao destino que ela merece.
O senhor teria alguma sugestão a fazer para que a Igreja cumpra seu papel?
Não preciso dizer mais nada. O que disse em vida física, reforço. Quero apenas dizer que quando estamos do lado de cá da vida, possuímos uma visão mais ampliada das coisas. Determinados posicionamentos que tomamos, podem não estar em seu melhor momento de implantação, principalmente por uma conjuntura de fatores que daqui percebemos. Isto não quer dizer que não devamos ter como referência os nossos principais ideais e, sempre que possível, colocá-los em prática.
Espíritas no futuro?
Não tenho a menor dúvida. Não pertencem estes ensinamentos a nossa Igreja, ou de outros que professam estes ensinamentos espirituais. Portanto, mais cedo ou mais tarde, a nossa Igreja terá que admitir a existência espiritual, a vida depois da morte, a comunicação entre os dois mundos e todos os outros princípios que naturalmente decorrem da vida espiritual.
Quais são os nomes mais conhecidos da Igreja que estão cooperando com o progresso do Brasil no mundo espiritual?
Enumerá-los seria uma injustiça, pois há base em todas as localidades. Então, dizer um nome ou outro seria uma referência pontual porque há muitos, que são poucos conhecidos, mas que desenvolvem do lado de cá da vida um trabalho fenomenal e nós nos engajamos nestas iniciativas de amor ao próximo.
Amor - Que mensagem o senhor daria especificamente aos católicos agora, depois da morte?
Que amem, amem muito, porque somente através do amor vai ser possível trazer um pouco mais de tranqüilidade à alma. Se nós não tentarmos amar do fundo dos nossos corações, tudo se transformará numa angústia profunda. O amor, conforme nos ensinou o Nosso Senhor Jesus Cristo, é a grande mola salvadora da humanidade.
Que mensagem o senhor deixaria para nós, espíritas?
Que amem também, porque não há divisão entre espíritas e católicos ou qualquer outra crença no seio do Senhor. Não há. Essa divisão é feita por nós, não pelo Criador. São aceitáveis porque demonstram diferenças de pontos de vista, no entanto, a convergência é única, aqui simbolizada pela prática do amor, pois devemos unir os nossos esforços.
Que mensagem o senhor deixaria para os religiosos de uma maneira geral?
Que amem. Não há outra mensagem senão a mensagem do amor.
Ela é a única e principal mensagem que se pode deixar.
Autor: Dom Helder Câmara (espírito)
Médium: Carlos Pereira
Editora: Dufaux
Site:
www.editoradufaux.com.br

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

sábado, 1 de setembro de 2012

DEVANEIO DO POLÍTICO



Se você observar, neste período eleitoral vemos coisas do arco da velha; É como se o candidato fosse mordido pela mosca verde, um inseto que contagia a mente do ser humano.
Aí reparamos as maiores maluquices no que diz respeito à política. O candidato vive neste período pré-eleitoral seu sonho oculto; as manobras dos chefões da política local usam e abusam da inocência do candidato neófito. Mas, não são somente as raposas das eleições que tiram proveito do pobre coitado, os amigos (entre aspas) também, vejamos: O infeliz tem apenas 0,001% de probabilidade, entretanto quando chega numa roda de pessoas, principalmente nos bares, são tratados como se já fossem eleitos e aí vêm aqueles velhos chavões: “ Oh vereador, paga uma cerveja para os seus eleitores...” “ este é o nosso vereador”... “chegou o campeão de votos”..." este é o nosso verdadeiro representante"... E assim sucessivamente vão levando o candidato na conversa e aos poucos a pagar todas as despesas.  Quando possuem bens, entusiasmado, chega ao ponto de vendê-los para investir na campanha. E o pior é que a grande maioria destes pré-candidatos não aprendeu a lição na eleição anterior. A vaidade do ser humano é tão grande que leva o homem ou a mulher a este vexame. Trabalham como formiguinhas para os chefões usufruírem da legenda. Vou narrar um caso que aconteceu no bairro do Magalhães na década de 60.
"Existia neste tempo o comitê político do PR; um partido criado que tinha na sua maioria ex-combatentes. No período das eleições reuniram-se e formaram as chapas para vereadores. Lembro que um dos candidatos era o Sr. Iris Luz, morador da tradicional Rua Do Valo; Tinha chegado naquela época o Sr. Inayá, aposentado que veio morar em Laguna, também no bairro de Magalhães.
O período eleitoral começa, e as campanhas tomam corpo e os candidatos vão à luta.
Como candidato também o Sr. Inayá; junto a sua esposa, saem pelo bairro munido de um caderno de 60 folhas a procura de votos. Batiam nas casas apresentavam-se, pediam os votos e anotavam seus nomes no caderno. E assim foi campanha à dentro. Alguns dias passaram-se e já chegava à reta final. O Sr. Inayá com seu caderno totalmente cheio de nomes fala a sua esposa: - Mulher com estes votos todos já estou eleito, mas estou com pena do compadre Iris; de agora em diante vamos pedir votos pra ele, e assim o fizeram. Chega o grande dia, as cornetas da Radio Difusora anunciam nos altos-falantes das ruas centrais; os candidatos todos de lápis e papel na mão anotando urna por urna seus resultados. Começa a abrir pelo centro, nada de voto pro Sr. Inayá, mesmo
assim sempre otimista dizia: - deixa chegar as nossas seções. E encurtando a conversa começa a abrir os votos das urnas do bairro de Magalhães e continua o mesmo, Sr. Inayá não levava um voto. Fim das contas depois de abrir as urnas do 3 de maio Sr. Inayá teve 2 votos.      Era sua seção eleitoral. Entretanto no período pré-eleitoral viveu o sonho de ser vereador, representante dos Ex-combatentes. Não sei se a felicidade pré-eleitoral compensou todo o esforço trabalhado, mas mesmo assim foi feliz, viveu seus dias de "vereador".  Este é amigos, o triste cenário da política, onde a inocência dos candidatos trabalha para engordar as legendas das raposas locais. De vez em quando dá zebra, um é eleito e serve de exemplos para centenas de desiludidos.
Alguns exemplos de candidatos sonhadores...