Acervo Musical Afonso Prates da Silva

Acervo Musical Afonso Prates da Silva

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

História do carnaval e suas origens

                                           

A história do carnaval tem suas origens na Antiguidade, sendo uma festa tradicional e popular que chegou ao Brasil durante a colonização.

O carnaval é a festa popular mais celebrada no Brasil e que, ao longo do tempo, tornou-se elemento da cultura nacional. Porém, o carnaval não é uma invenção brasileira nem tampouco realizado apenas neste país. A História do Carnaval remonta à Antiguidade, tanto na Mesopotâmia quanto na Grécia e em Roma.
A palavra carnaval é originária do latim, carnis levale, cujo significado é retirar a carne. O significado está relacionado com o jejum que deveria ser realizado durante a quaresma e também com o controle dos prazeres mundanos. Isso demonstra uma tentativa da Igreja Católica de enquadrar uma festa pagã.
Na antiga Babilônia, duas festas possivelmente originaram o que conhecemos como carnaval. AsSaceias eram uma festa em que um prisioneiro assumia durante alguns dias a figura do rei, vestindo-se como ele, alimentando-se da mesma forma e dormindo com suas esposas. Ao final, o prisioneiro era chicoteado e depois enforcado ou empalado.
O outro rito era realizado pelo rei nos dias que antecediam o equinócio da primavera, período de comemoração do ano novo na região. O ritual ocorria no templo de Marduk, um dos primeiros deuses mesopotâmicos, onde o rei perdia seus emblemas de poder e era surrado na frente da estátua de Marduk. Essa humilhação servia para demonstrar a submissão do rei à divindade. Em seguida, ele novamente assumia o trono.
O que havia de comum nas duas festas e que está ligado ao carnaval era o caráter de subversão de papéis sociais: a transformação temporária do prisioneiro em rei e a humilhação do rei frente ao deus. Possivelmente a subversão de papeis sociais no carnaval, como os homens vestirem-se de mulheres e vice-versa, pode encontrar suas origens nessa tradição mesopotâmica.
As associações entre o carnaval e as orgias podem ainda se relacionar às festas de origem greco-romana, como os bacanais (festas dionisíacas, para os gregos). Seriam festas dedicadas ao deus do vinho, Baco (ou Dionísio, para os gregos), marcadas pela embriaguez e pela entrega aos prazeres da carne.
Havia ainda em Roma as Saturnálias e as Lupercálias. As primeiras ocorriam no solstício de inverno, em dezembro, e as segundas, em fevereiro, que seria o mês das divindades infernais, mas também das purificações. Tais festas duravam dias com comidas, bebidas e danças. Os papeis sociais também eram invertidos temporariamente, com os escravos colocando-se nos locais de seus senhores, e estes se colocando no papel de escravos.
Mas tais festas eram pagãs. Com o fortalecimento de seu poder, a Igreja não via com bons olhos as festas. Nessa concepção do cristianismo, havia a crítica da inversão das posições sociais, pois, para a Igreja, ao inverter os papéis de cada um na sociedade, invertia-se também a relação entre Deus e o demônio.
A Igreja Católica buscou então enquadrar tais comemorações. A partir do século VIII, com a criação da quaresma, tais festas passaram a ser realizadas nos dias anteriores ao período religioso. A Igreja pretendia, dessa forma, manter uma data para as pessoas cometerem seus excessos, antes do período da severidade religiosa.
Durante os carnavais medievais por volta do século XI, no período fértil para a agricultura, homens jovens que se fantasiavam de mulheres saíam nas ruas e campos durante algumas noites. Diziam-se habitantes da fronteira do mundo dos vivos e dos mortos e invadiam os domicílios, com a aceitação dos que lá habitavam, fartando-se com comidas e bebidas, e também com os beijos das jovens das casas.
Durante o Renascimento, nas cidades italianas, surgia a commedia dell'arte, teatros improvisados cuja popularidade ocorreu até o século XVIII. Em Florença, canções foram criadas para acompanhar os desfiles, que contavam ainda com carros decorados, os trionfi. Em Roma e Veneza, os participantes usavam a bauta, uma capa com capuz negro que encobria ombros e cabeça, além de chapéus de três pontas e uma máscara branca.
                                                                

A história do carnaval no Brasil iniciou-se no período colonial. Uma das primeiras manifestações carnavalescas foi o entrudo, uma festa de origem portuguesa que na colônia era praticada pelos escravos. 
                                                                    

Depois surgiram os cordões e ranchos, as festas de salão, os corsos e as escolas de samba. Afoxés, frevos e maracatus também passaram a fazer parte da tradição cultural carnavalesca brasileira. Marchinhas, sambas e outros gêneros musicais também foram incorporados à maior manifestação cultural do Brasil.
Por Me. Tales Pinto

E para que não caiam no esquecimento, uma hora das melhores marchinhas do verdadeiro carnaval que não volta mais. Divulguem, mostrem a seus filhos, netos para que as marchinhas de carnaval não desapareçam.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Deus acima de tudo



"A terra já recebeu em seu seio almas generosas, espíritos superiores, que trazem valiosas contribuições para o seu progresso.
Alguns desses espíritos vêm com o objetivo de alavancar o progresso e fazer evoluir a humanidade.
Suas vidas deixam marcas luminosas, que desafiam os tempos."

Ludwig Van Beethoven foi uma dessas criaturas. Nasceu em Bonn, na Alemanha, no ano de 1770 e morreu em Viena, na Áustria, em 1827.
Seu viver foi uma vertente constante da música que sublima e enleva os sentimentos.
Foi o autêntico médium da arte refinada de compor. Para ele, a música "era uma revelação divina, uma revelação mais sublime que toda a ciência e toda a filosofia."
Seu viver foi um calvário pontilhado por muitos sofrimentos físicos, destacando-se a surdez que o isolou do mundo.
Ele nos deixou nove sinfonias, 12 sonatas, concertos, quartetos e uma única ópera, Fidelio. Tudo de imensa beleza.
Seu psiquismo refinado lhe permitia constante permuta com os espíritos superiores.
Diante dos muitos padecimentos que o acometiam, afirmava, sereno e confiante: "Deus nunca me abandonou."
Perguntado, certa vez, se desejava receber determinado título honorífico, apontou para o alto e respondeu: "meu reino não é deste mundo. Meu império está no ar."
A seguir, concluiu: "não conheço outro título de superioridade, senão o da bondade."
Bondade da qual ele deu mostras, mais de uma vez. Em certa oportunidade, um amigo estava em grandes dificuldades.
Beethoven o presenteou com uma das suas criações, para que fosse vendida e o dinheiro usado na solução do problema que o afligia.
Era nos bosques que ele mantinha contato com as nobres entidades ligadas à música e à harmonia.
Ali ele fazia suas orações e refazia suas energias.
Quando voltava desses encontros, com a fisionomia alterada, respondia a quem lhe perguntava: "o meu anjo bom me visitou."
Em um desses momentos, transformou uma de suas orações, em uma peça musical de grande elevação e apurada sensibilidade: "hino à alegria."
É, ao mesmo tempo, uma exaltação à fé em Deus. Seus versos podem ser traduzidos da seguinte maneira:
"Escuta irmão a canção da alegria o canto alegre do que espera um novo dia.
Vem, canta, sonha cantando / vive sonhando um novo sol
Em que os homens voltarão a ser irmãos.
Se em teu caminho só existe a tristeza o pranto amargo da solidão completa
Se é que não encontras alegria nesta terra
Busca-a, irmão, mais-além das estrelas."
Sempre enaltecia a paternidade divina, afirmando: "Deus, acima de tudo."
O lema que norteou seus passos, entre nós foi: "fazer o bem que possa. Amar, sobretudo, a liberdade. E, mesmo que seja por um trono, jamais renegar a verdade."
Você sabia?
Que Beethoven encontrava conforto espiritual em um livro intitulado Imitação de Cristo? A obra é de autoria do filósofo e místico alemão, Thomas Von Kempis, que viveu entre os séculos XIV e XV.
Segundo o escritor francês Romain Rolland, durante toda a sua existência, Beethoven teve tal obra como seu livro de cabeceira. Isso fala da sua religiosidade e da fé em Deus.

Equipe de Redação do Momento Espírita com base em texto de Giovani Scognamillo, intitulado Beethoven: "Deus, acima de tudo", publicado no jornal Tribuna Espírita de Janfev. 2005 e versos do hino à alegria, de Beethoven, gentilmente traduzidos pelo professor de música Enrique Baldovino.

Feche os olhos, ouça e sonhe acordado com essa bela musica que nos faz refletir e amar.
Tenho certeza que neste mundo conturbado em que grande parte  do ser humano desviou-se completamente da ética e do amor ao próximo, poderemos tirar proveito do conceito liberdade que esta música nos inspira.




segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

DIREITOS HUMANOS




Folha de São Paulo, 10 de janeiro de 2014, Painel do Leitor
“Direitos humanos”
“Quando eu era juiz da infância e juventude em Montes Claros, norte de Minas Gerais, em 1993, não havia instituição adequada para acolher menores infratores. Havia uma quadrilha de três adolescentes praticando reiterados assaltos. A polícia prendia, eu tinha de soltá-los. Depois da enésima reincidência, valendo-me de um precedente do Superior Tribunal de Justiça, determinei o recolhimento dos “pequenos” assaltantes à cadeia pública, em cela separada dos presos maiores.
Recebi a visita de uma comitiva de defensores dos direitos humanos (por coincidência, três militantes). Exigiam que eu liberasse os menores. Neguei. Ameaçaram denunciar-me à imprensa nacional, à corregedoria de justiça e até à ONU. Eu retruquei para não irem tão longe, tinha solução.Chamei o escrivão e ordenei a lavratura de três termos de guarda: cada qual levaria um dos menores preso para casa, com toda a responsabilidade delegada pelo juiz.
Pernas para que te quero! Mal se despediram e saíram correndo do fórum. Não me denunciaram a entidade alguma, não ficaram com os menores, não me “honraram” mais com suas visitas e... os menores ficaram presos. É assim que funciona a “esquerda caviar”.
Tenho uma sugestão ao professor Paulo Sérgio Pinheiro, ao jornalista Jânio de Freitas, à Ministra Maria do Rosário e a outros tantos admiráveis defensores dos direitos humanos no Brasil.Criemos o programa social "Adote um Preso".Cada cidadão aderente levaria para casa um preso carente de direitos humanos. Os benfeitores ficariam de bem com suas consciências e ajudariam, filantropicamente, a solucionar o problema carcerário do país. Sem desconto no Imposto de Renda”.
ROGÉRIO MEDEIROS GARCIA DE LIMA, desembargador (Belo Horizonte, MG)”.
Ah se todos fizessem isso, como seria bom o nosso país....