Acervo Musical Afonso Prates da Silva

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domingo, 25 de janeiro de 2015

Nero X Roma


Os rumos da história

Lendo,Leandro Narloch, “Guia politicamente incorreto da história do mundo”, lembrei dos meus professores da década de 50 e comecei a refletir: Imaginem aqueles mestres com o auxílio da tecnologia atual.

O computador transformou-se numa ferramenta importante atualmente tanto para o professor como para o aluno. Alguns combatem o seu uso nas salas de aulas, outros os defendem. Por que estou escrevendo este artigo? Porque pensei, que bom seria naquela época poder obter soluções de fatos existente e questiona-las. Meu professor de história, Prof. Ruben Ulysséa narrava o império Romano de tal maneira que nos apaixonávamos, fato este que comprovei, na primeira vez que fui a Roma, na década de 90 era uma das minhas prioridades  conhecer a Via Ápia, a entrada de Roma, por onde seus exércitos passavam após suas vitórias. Confesso que na minha memória, pela narração do Prof. Ruben, foi uma surpresa bem diferente. Aí que vejo o valor da tecnologia atual onde é simples ver o mundo de dentro de casa. Mas, por que citei Leandro Narloch? Porque hoje, nas escolas só temos as versões de Tácito, Suetônio e Dião Cassio, escritores que mais falaram sobre o império romano naquela época. Nero  aos 16 anos assumiu o trono em 54 e liderou Roma até se suicidar, aos 30 anos. De acordo com a história, fez barbáries chegando ao ponto de botar fogo nos bairros em Roma para compor e tocar sua arpa. Hoje podemos afirmar que Nero foi vítima de historiadores contrário a seus princípios, entretanto no meio de histórias mal contadas é possível absolver Nero deste crime.Nero não era bem quisto pelos Senadores, porém amado pelo povo.
Conforme Leandro “Basta voltar ao cotidiano da cidade para perceber que Roma não precisava de uma personalidade facinorosa para ser destruída pelo fogo. Seus bairros apinhados reuniam todas as condições para uma grande fogueira: milhares de velas, lareiras, fornos de cozinha e de oficinas no meio de quilômetros contínuo de madeira seca” [...] Entretanto, no momento do incêndio, Nero encontrava-se a 60 quilômetros de distância de Roma e quando retorna toma sérias providências para atender a população pobre da cidade, organizando força-tarefa para angariar grãos nas cidades vizinhas. Também abriu seus palácios para os desabrigados, estabeleceu um fundo de socorro, proibiu saques e levou soldados, vigias e escravos para limpar os escombros....Poderia um Imperador atear fogo,e depois socorrer sua população?

Aí paro para refletir: Que bom se naquela época pudéssemos dialogar com o Prof. Rubens, contrariando a história. Seria maravilhoso....Formaríamos dois times, um pró e outro contra Nero.......

terça-feira, 6 de janeiro de 2015



Político & Políticos


 Estava no consultório do Dr. Waltamir Hulse, meu conterrâneo, enquanto aguardava minha vez, observei que era um grande apreciador das obras do pintor Cipriano, um dos pintores mais perfeccionista da atualidade. Numa destas obras vi o casarão do Tio Acary Silva,na praça Getulio Vargas, rua Visconde de Ouro Preto, foto  abaixo, e lembrei de um fato que aconteceu na década de cinquenta, que relato para a nova geração fazer uma comparação com os políticos atuais.

                                                    

O fato aconteceu no período em que governava o Estado Irineu Bornhausen; Como era natural em uma cidade pequena, Laguna havia uma disputa entre partidos, UDN e PSD. O PTB era um partido que apenas coligava, nunca teve um candidato próprio; o PRP, do qual fazia parte os descendentes de italianos já despontavam como  coadjuvante também. Bem, vamos ao caso:

Fazia parte do diretório da UDN em Laguna, meu pai, meu tio Ned, Cabral Nunes, Altamiro Heliodoro de Souza, Antonio de Bem, Sr. Bras e outros que não recordo. Tio Ned, foi avisado pelo irmão, Acary, que o governador Irineu iria jantar em sua casa.  Fixada a data, reuniram-se e partiram para Florianópolis.
Corriam atrás das promessas  feitas no período eleitoral. Assim sendo, chegou o grande momento, fomos jantar eu, meu pai e o tio Ned, enquanto que a comitiva aguardava na praça em frente ao quartel da polícia militar.
Terminado o jantar,Tio Acary disse ao governador que havia uma comitiva lagunense aguardando para falar com ele; reuniram-se numa grande sala da casa, onde o governador ouviu as reivindicações do partido. Foi o Sr. Cabral Nunes, membro do partido que usou da palavra: “ Sr. Governador, nossa visita a esta cidade, é com o intuito de solicitar a V. Excia. o cumprimento da  promessa da construção da pequena ponte da  sofrida região do Ribeirão Pequeno, que com qualquer chuva mantinha  o distrito isolado.  Com toda a sua habilidade política o governador foi colocando suas prioridades, e uma delas era uma reivindicação de Araçatuba, núcleo eleitoral do Sr. Sagy Abraham, cabo eleitoral fortíssimo do PSD, local este em que a UDN nunca venceu uma eleição. Nesta hora, houve um rumor entre os membros do partido presente, que perguntaram: Mas, governador o que diremos para os lagunenses? E ele, rodeando, disse: O eleitor de Laguna, onde havia ganho a eleição, já nos pertence, temos que ganhar o  adversário. E dali para frente, a conversa foi esfriando, até a retirada do governador. Entretanto, lembro quando alguém disse: "Em Laguna teremos uma grande surpresa." Assim, decepcionados, retornamos a terra natal. Eu devia ter naquela época 15 anos. No dia seguinte, já em Laguna foi marcado uma reunião do partido no Club Congresso Lagunense, e por unanimidade de seus membros, acabaram com o diretório do partido, ficando assim, sem representante da UDN na cidade. Fato que causou um grande reboliço nos meios políticos. As pessoas daquela época eram idôneas, honestas, exerciam a cidadania e, em suas propostas  não se deixavam levar por promessas vazias. Como mudaram atualmente nossos políticos....”
Ah, mais tarde foi construída a ponte, pelo governo do PSD.... se não me engano, era  governador,Celso Ramos e o prefeito Dr. Paulo Carneiro.....